Mal secreto <ul><li style="text-align: justify;">Se a cólera que espuma, a dor que mora</li><li style="text-align: justify;">N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,</li><li style="text-align: justify;">Tudo o que punge, tudo o que devora</li><li style="text-align: justify;">O coração, no rosto se estampasse;</li><li style="text-align: justify;"> </li><li style="text-align: justify;">Se se pudesse, o espírito que chora,</li><li style="text-align: justify;">Ver através da máscara da face,</li><li style="text-align: justify;">Quanta gente, talvez, que inveja agora</li><li style="text-align: justify;">Nos causa, então piedade nos causasse!</li><li style="text-align: justify;"> </li><li style="text-align: justify;">Quanta gente que ri, talvez, consigo</li><li style="text-align: justify;">Guarda um atroz, recôndito inimigo,</li><li style="text-align: justify;">Como invisível chaga cancerosa!&nbsp;</li><li style="text-align: justify;"> </li><li style="text-align: justify;">Quanta gente que ri, talvez existe,</li><li style="text-align: justify;">Cuja ventura única consiste</li><li style="text-align: justify;">Em parecer aos outros venturosa!</li></ul> CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. Brasília: Alhambra, 1995. Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal e racionalidade na condução temática, o soneto de Raimundo Correia reflete sobre a forma como as emoções do indivíduo são julgadas em sociedade. Na concepção do eu lírico, esse julgamento revela que

Questão x14 de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias da prova ENEM/2013

Questão 14

Mal secreto Se a cólera que espuma, a dor que moraN’alma, e destrói cada ilusão que nasce,Tudo o que punge, tudo o que devoraO coração, no rosto se estampasse;Se

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Questão 14

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