TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
Quando nos referimos ao termo raízes culturais, estamos nos referindo à história da construção dos elementos culturais ou das manifestações culturais de uma região. Podemos considerar que as raízes culturais são a base de tudo, o alicerce de uma cultura. São os tijolos da construção histórica cultural de um povo.
É fundamental que as pessoas conheçam o marco inicial dos elementos de sua cultura, pois os elementos culturais se apresentam inicialmente de uma forma bem definida, com o tempo, e, devido ao desenvolvimento e à evolução da cultura, esses elementos sofrem modificações.
Partindo do princípio que tudo tem um começo, um início e, para que esse começo não seja esquecido, é necessário que esse conhecimento seja resgatado e preservado na memória do povo, para que seja possível, a partir dessa base, assimilar as mudanças do presente e as que ocorrerão no futuro. Acredita-se que, para entendermos o presente, devemos conhecer o passado.
Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-que-nos-referimos-quando-falamos-raizes-culturais.htm (Adaptado)
TEXTO II
Festival afro e indígena promove o resgate das raízes brasileiras
Entre os dias 6 e 8 de maio vai rolar a primeira edição do Festival Afro e Indígena. Será em formato documental com apresentações musicais e entrevistas com artistas com convidados. No line-up estão Brisa Flow, Edivan Fulni-ô, Gabriellê, Katu Mirim, Miranda Caê e Toinho Melodia. As exibições ocorrerão pelo Youtube a partir das 19h.
“Entendemos a necessidade e a importância de promover o trabalho a essas pessoas, não só dos artistas, mas também de toda equipe técnica envolvida como gravação, áudio, montagem, cenografia, entre outros envolvidos na construção destas apresentações”, comenta Fabricio, um dos produtores do evento.
A Comunidade Cultural Quilombaque, localizada em Perus, São Paulo, seria o local onde aconteceria o evento, mas, com o agravamento das restrições de isolamento social, as gravações foram realizadas de forma remota. Os artistas receberam instruções, equipamentos e cenografia para que conseguissem realizar as gravações de suas próprias casas.
O Festival Afro e Indígena surge como mais uma oportunidade de proporcionar mais estudos e pesquisas sobre as origens que permeiam nossa cultura. “Às vezes as pessoas não sabem dizer o que vem da cultura indígena e que está inserido em nossas vidas, desde coisas simples como por exemplo a tapioca, a rede e o chá matte. Por isso, há a ideia de trazer de forma simplificada ao público esses ensinamentos sobre a nossa história”, comenta Phil, outro produtor do festival.
Disponível em: https://sonsdaperifa.blogfolha.uol.com.br/2021/04/21/festival-afro-e-indigena-promove-o-resgate-das-raizes-brasileiras/ (Adaptado)
TEXTO III
'Deixa a Gira Girar': festival reúne arte, intervenções urbanas e música no ES
Com a proposta de ser um movimento de celebração às múltiplas manifestações artísticas brasileiras na contemporaneidade, o Festival Deixa a Gira Girar reúne música, artes visuais e ocupação urbana da cidade em transmissões online. O auge acontece nesta sexta (23) com os shows de Budah, Marina Peralta, Obinrin, Fabriccio, Gabriela Brown, Chorou Bebel e Eloá Eler, que farão do evento uma ode às culturas afro-brasileira, cigana e indígena.
Idealizado pela produtora cultural Lara Toledo, o evento online vai fomentar a cena e contribuir para o intercâmbio cultural, artístico e musical diante do período pandêmico. O projeto é uma realização do selo Abre Caminhos com apoio da Lei Aldir Blanc, por meio da Secretaria de Cultura do Espírito Santo, e da Secretaria Especial da Cultura via Ministério do Turismo, por meio do Governo Federal.
A mostra apresenta, a partir das obras selecionadas, vínculos identitários e raízes ancestrais brasileiras, abrindo espaço para aspectos e processos místicos e de cura ao ocupar as ruas de Vitória (ES) e ambientes virtuais com artistas visuais dos estados do Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Norte e Paraíba. Confira as obras disponíveis no perfil do festival no Instagram.
A parte musical do "Deixa a Gira Girar" une as atrações nacionais Marina Peralta e Obinrin, que transitam entre referências profundas da cultura popular - ritmos tradicionais brasileiros, como: maracatu, coco, baião, jongos e caboclinhos - e o resgate dessa mesma vertente, sempre fluindo esse traço em conjunto com a contemporaneidade.
Os músicos trazem essa marca: a revisitação de ritmos sagrados e ancestrais poeticamente permeados de questões emergentes e atuais, junto aos capixabas Budah, Fabriccio, Gabriela Brown, Chorou Bebel e Eloá Eler, em sete horas de música brasileira com sonoridades que vão do R&B e Pop ao Reggae. O evento será inteiramente online devido ao constante avanço do coronavírus.
Para a capixaba Brenda Rangel, de 24 anos, a rapper 'Budah', a expectativa é alta. "Espero e acredito que vai ser incrível, pois é o único momento que temos para fazer essa conexão com os fãs na pandemia e lembrar um pouco dos shows que não estamos fazendo, então a expectativa é muito boa para reviver um pouco essa sensação. Acredito que o entretenimento ajuda a aliviar até a nossa saúde mental. Eu sobrevivo da música e manter a minha agenda me ajuda a não desanimar, porque o nosso setor foi o mais prejudicado", disse.
Disponível em: https://www.agazeta.com.br/entretenimento/cultura/deixa-a-gira-girar-festival-reune-arte-intervencoes-urbanas-e-musica-no-es-0421 (Adaptado).
TEXTO IV
Assim que avistaram as chamas no Museu Nacional, indígenas da Aldeia Maracanã correram até o prédio histórico da Quinta da Boa Vista, na Zona Norte do Rio de Janeiro, a dois quilômetros dali. Foram a pé até o prédio, que àquela altura era consumido pelo fogo. Eles eram historiadores e pesquisadores da cultura dos povos originários do Brasil e passaram boa parte dos últimos anos debruçados sobre o acervo do museu. Ao se deparar com os portões trancados, os seis indígenas saltaram as grades e se aproximaram da fachada. Acompanharam de perto a destruição de parte significativa da história de seus povos e do Brasil. Pouco ou nada restou do Centro de Documentação de Línguas Indígenas, o Celin, que preservava referências de povos indígenas documentadas há pelo menos duzentos anos. As línguas faladas por tribos extintas, os cantos, os discursos de seus líderes – agora, perdidos.
Era o que temiam os índios que viram da aldeia o fogo no museu. Um deles, o historiador Daniel Tutushamum Puri, de 42 anos, assistia em silêncio às labaredas que consumiam objetos, fotografias e registros orais de seu povo, os puri, considerados extintos pela Fundação Nacional do Índio. “O material que estava ali servia de base para pesquisas do nosso povo e de muitos outros povos nativos do Brasil. Era uma forma de ter reconhecida nossa cultura e afirmar nossa existência. Sem eles, é como se fôssemos extintos novamente”, disse Tutushamum, que é mestre em Educação pela USP.
Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br/e-como-se-fossemos-extintos-novamente/
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "A importância das manifestações culturais brasileiras para a valorização de grupos minoritários", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.