TEXTO I
“No dia em que for possível a mulher amar-se em sua força e não em sua fraqueza, não para fugir de si mesma, mas para se encontrar, não para se renunciar, mas para se afirmar… nesse dia, então, o amor tornar-se-á para ela, como para o homem, fonte de vida e não perigo mortal.” A frase foi escrita pela filósofa Simone de Beauvoir em seu emblemático livro “O Segundo Sexo”, em 1949. Passados 72 anos desde a sua publicação, esse dia ainda não chegou.
Podemos afirmar que a pauta sobre relacionamentos abusivos está cada vez mais frequente: por um lado, é bom estarmos falando sobre o tema, mas, por outro, é triste que isso ainda seja uma realidade para muitas. Mulheres se mantêm ao lado de alguém que as diminui, as humilha e, por consequência, tornam-se cada vez mais inseguras. Abuso é violência e violência não é apenas agressão física.
Disponível em: https://glamour.globo.com/lifestyle/amor-sexo/noticia/2021/07/relacionamento-abusivo-o-que-e-como-identificar-quais-os-sinais-e-principalmente-como-sair-de-um.ghtml Acesso em 17 jan. 2022 (Adaptado)
TEXTO II
As especialistas ouvidas pelo VivaBem destacaram consequências que podem acometer quem vivencia uma relação abusiva:
Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/02/13/depressao-ansiedade-dor-como-uma-relacao-abusiva-pode-refletir-no-corpo.htm. Acesso em 18 jan. 2022 (Adaptado)
TEXTO III
O dia do julgamento do assassino de Alana encerrava um ciclo. “Foi o pior momento da minha vida”, conta Madalena. “Como se eu estivesse terminando de enterrar a minha filha.” Somente naquela sala de tribunal, cercada de estranhos, ela viu o retrato completo do abusivo relacionamento vivido por sua filha, e também as muitas pistas que haviam sido deixadas pela escalada da violência de Paulo Henrique.
Durante as treze horas de sessão, Madalena fez questão de ficar sentada à frente de seu ex-genro, o homem que matou Alana. Ele não olhou em seus olhos. O depoimento, para ela, confirmou apenas o quão grande era o sentimento de posse que ele sentia. “Percebi que, na cabeça do Paulo, é como se ele tivesse feito a coisa certa.”
A morte de Alana poderia ter sido evitada, assim como a da maioria das vítimas de feminicídio no Brasil. “Vemos cada vez mais a intensificação do ciclo da violência, daquele relacionamento abusivo que começa nas primeiras agressões, humilhações e ameaças e se intensifica até a morte da mulher”, explica a promotora de Justiça Silvia Chakian, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid) do Ministério Público Estadual de São Paulo. “Não é em um ato de loucura que o homem mata a mulher. É como se fosse uma tragédia anunciada.”
Disponível em: https://arte.estadao.com.br/focas/capitu/materia/a-historia-de-alana-e-paulo-henrique-ate-o-mais-triste-fim. Acesso em 17 jan. 2022.
TEXTO IV
Disponível em: https://www.agenciajovem.org/wp/relacionamentos-abusivos-para-alem-do-obvio/. Acesso em 17 jan. 2022.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "A periculosidade dos relacionamentos abusivos no Brasil", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.